domingo, 22 de julho de 2012

Personagem 3D em um dia


Olá amigos

Hoje vou postar um making of de um estudo que fiz sobre modelagem e animação de personagens.
Eu já havia feito um post com o mesmo assunto, então quis fazer algo diferente dessa vez.
Como vocês sabem o processo de construção de um modelo 3D é bem trabalhoso. Se vocês conferiram meu outro post sobre making of de um personagem 3d, devem ter percebido isso. A construção daquele personagem (Bruxinha) tomou vários dias de trabalho. (Se não viram é só buscar na seção Making of ao lado)

Bem. A minha idéia dessa vez era tentar criar um personagem 3d – do zero a uma animação básica - em um dia e postar o resultado aqui. Acabou se tornando um desafio de como conseguir fazer as escolhas corretas para conseguir cumprir o deadline que criei para este estudo e ao mesmo tempo conseguir um resultado razoável.

Acho que o desafio foi cumprido: iniciei o trabalho às 8:30 da manhã desse domingo e estou finalizando o post próximo de 3:00 da madrugada. (Vida de artista 3d não é fácil :)
O resultado ficou longe da perfeição, mas como estudo valeu muito.

Segue abaixo a descrição do processo:

Em primeiro lugar precisava decidir que tipo de personagem eu faria. Com um prazo tão pequeno não dava para ser nada muito complicado. Imaginei então fazer um Alien simplificado.  Fui à internet buscar algumas referências para me inspirar e tomei algumas decisões:

O personagem seria um sujeito meio desajeitado, engraçado, baixinho, com pele meio rugosa. Ele é tímido mas bastante curioso. Decidi que o faria com os 4 dedos em bloco mais o dedão, para simplificar a modelagem e a animação.
Comecei então a rabiscar formas básicas para decidir que caminho seguir. Resolvi fazer todos os croquis com uma esferográfica preta mesmo, sem borracha, para não me sentir tentado a ficar definindo muito e assim perder tempo.


Achei interessante um croquis que fiz de um corpo em forma de pera e resolvi seguir nessa linha, tentando estudar variações de formas e proporções.




Fiz também estudos pequeninos de movimento (em torno de 1 cm) para ver como se comportava a silueta do personagem.



Com as proporções definidas fiz um croquis do personagem em visão frontal e lateral.



Como não havia tempo para fazer uma arte final, resolvi utilizar esse croquis mesmo como Model Sheet no programa 3d. Escolhi o Blender para essa tarefa.




Iniciei então a modelagem 3d. Os resultados podem ser vistos abaixo.







A seguir veio o trabalho de texturização. Para isso é preciso abrir a malha para pintar. A figura abaixo mostra em linhas vermelhas onde resolvi fazer os cortes.




Que depois de abertos ficaram assim:



Esse é um teste que se faz para ver se a textura vai causar deformações: Utilizando um quadriculado.


Segue a pintura da malha:


E a textura definitiva a ser utilizada. 



O próximo passo foi criar o esqueleto do personagem com os controles de animação:



 A estranha imagem a seguir é o ajuste das deformações da malha e estudos de movimentação.




Por fim temos um personagem pronto e animável.

Como o tempo que sobrou foi muito curto (já quase meia noite)  não deu pra animar nada muito legal.  
Mas depois dessa longa jornada nosso colega desajeitado quer se despedir de vocês.



E eu também.
Abraços e até a próxima!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sensu Brush


Essa é para os artistas entusiastas das tecnologias mobile.


Sensu Brush é um pincel desenvolvido para ser utilizado em tablets, Iphones e outros dispositivos portáteis. A idéia é reproduzir nestes dispositivos a sensação de pintar em mídias tradicionais. 

O fabricante assegura a compatibilidade com gadgets como Ipad e Iphone (todas as versões), Kindle Fire,  Samsung Galaxy, HTC Desire S, Google nexus S e Motorola Atrix.

O pincel Sensu possui ainda uma borracha que pode ser utilizada como instrumento de navegação ou para fazer anotações e desenhos.

Pode-se utilizar o pincel com qualquer software, mas são recomendados os seguintes apps de pintura digital: Artrage, Procreate, Sketchtime, Paper by 53, Sketchbook e Brushes.


No site original você pode ver vídeos, galerias e mais informações.
www.sensubrush.com

Abraços.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nariz


Olá
Retomando os posts sobre desenho das partes do rosto, hoje vamos falar um pouco sobre o desenho do nariz.
Se você não acompanhou os posts sobre o desenho da Boca, Orelhas e Olhos, basta buscá-los na seção Curso básico de desenho ao lado

Vamos lá então.
A primeira coisa que eu gostaria de enfatizar é que o nosso crânio não tem nariz!!! Observe os croquis a seguir  que mostram um crânio de frente e de perfil:


No lugar no nariz temos apenas um buraco. Ou seja, o nariz não é formado de ossos. Com relação à anatomia óssea, quando formos desenhar um nariz devemos apenas nos preocupar com os ossos nasais, que ficam diretamente sobre esta cavidade, e que formam na sua união a “ponte do nariz”.


Esta ponte será em geral visível nos seus desenhos, como uma ligeira protuberância. Verifique no seu próprio nariz agora mesmo o volume dessa ponte tocando-a com seus dedos.
Quando for desenhar um personagem realista não esqueça de indicar levemente esse volume, principalmente se ele tiver um rosto magro.

Bem... Se o nariz não é formado de ossos, de que então? Lembrando das aulas de biologia: Cartilagem!
Essa cartilagem forma um volume um tanto complexo, dos quais convém destacar o volume da ponta do nariz e o volume adjacente das narinas. Esses três volumes se juntam para compor a forma principal do nariz. As fossas nasais aparecerão na parte inferior das narinas, lembrando a forma de gotas.
Quando for desenhar um nariz procure observar e representar os diferentes planos e volumes que o compõem.


Observe a construção esquemática abaixo, ela ajuda a ter uma idéia da forma geral do nariz visto de frente.
Observe que lembra uma composição de triângulos.


A melhor dica que tenho a dar para vocês é observar e copiar do natural, de fotos e de outros desenhos em diversas posições, sempre tendo em mente que estão desenhando um objeto em 3 dimensões.
A partir daí, após ter se familiarizado com a forma, tente desenhar de memória, criando desenhos em diversas posições. 







Como tudo em desenho, somente a prática leva à perfeição.
Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Tradigital - Autodesk Impression




Seguindo a séries de posts sobre tradigital, trago hoje um pouco sobre um software da Autodesk chamado Impression.
O  Autodesk Impression é um software que permite que se utilize como base um desenho feito no AutoCAD e, a partir daí, criar uma apresentação com acabamento que simule lápis de cor, creions, aquarela, etc.


O software reconhece automaticamente as camadas criadas no AutoCAD  e permite, já desde a importação a aplicação de um estilo de finalização escolhido.
Os estilos são customizáveis permitindo ao utilizador a personalização de um estilo próprio de finalização.




Conta-se também com blocos prontos de carros, pessoas, vegetação, etc, que podem ser facilmente utilizados para enriquecer a ilustração.



O programa é fácil de utilizar e possui material de estudo no próprio software (Quick Start Guide), além de tutoriais disponíveis no site da Autodesk.
Quem quiser conhecer vale a pena visitar a comunidade do impression no Site da Autodesk
Abraços







quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tradigital


 O desenho de apresentação de projetos de arquitetura, já há um bom tempo, vem abandonando as técnicas tradicionais – Perspectiva a mão e instrumentos, métodos geométricos, arte-finalização a grafite, nanquim, marcadores, pastel, aquarela, etc. – e se voltando para as soluções digitais de representação.

As maquetes eletrônicas foto-realistas têm, por conseguinte ganhado espaço cada vez maior junto aos profissionais e aos clientes.

No entanto, temos percebido uma tendência contrária de se trazer para o desenho arquitetônico a chamada arte Tradigital (termo cunhado pela artista Judith Moncrieff em 1990). O processo se refere a junção de elementos da arte tradicional com tecnologias de representação digital.

Essa junção pode se dar de diversas formas, dentre elas:
  1.  Desenhar uma perspectiva a lápis, escaneá-la e fazer a arte- finalização em um software de ilustração.
  2. Desenvolver a volumetria geral de um projeto em um software de modelagem 3d, imprimir a estrutura de arame (wireframe), e finalizar com instrumentos de desenho convencionais.
  3. Fazer o desenho “a mão” direto no computador, utilizando um tablet (mesa digitalizadora).
  4.  Criar a arte 100% no computador, utilizando os recursos do software para simular uma finalização artística tradicional.

Abaixo trago alguns trabalhos de arquitetos que seguem a linha do Tradigital nas suas representações, mostrando um pouco das possibilidades que esse sistema proporciona.

O Arquiteto Ray Brown mostra nos desenhos abaixo finalizações à mão feitas sobre modelos de Sketchup.



Arquiteto Jim Leggitt tem no seu workflow a sequência: Sketchup- Photoshop – Finalização a mão.


Abaixo alguns exemplos da chamada Dennis Technique ( de Dennis Nikolaiev) com finalização no Photoshop de modelos criados no Sketchup




Em Breve novos posts sobre softwares que trabalham na linha do tradigital.
Não deixem de acompanhar
Abraços.