quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Anatomia do Sombreamento

E aih Pessoal, blz?
Há um tempo que não postava nada por aqui, mas estou com um projeto de retomar o blog trazendo novidades.
Estou querendo fazer alguns posts sobre sombreamento de desenhos, abordando diferentes técnicas.
Para começar vou falar um pouco hoje sobre a "anatomia do sombreamento", ou seja identificar os diferentes setores que compõem um desenho sombreado. Vocês vão ver que compreendendo esses princípios básicos fica mais fácil planejar o sombreamento e obter bons resultados sem muita complicação.

Vamos lá então?

Vou utilizar como exemplo uma das formas básicas: A esfera.
Desenhei a seguir um círculo que vai ser a nossa esfera, uma linha horizontal para dar uma ideia de plano onde ela está apoiada e uma seta representando a fonte de luz.


Aqui vale uma observação. No mundo real geralmente temos várias fontes de luz iluminando qualquer cena. Para simplificação desse nosso primeiro estudo vamos considerar uma fonte de luz única.
Com a aplicação da fonte de luz podemos perceber já de cara 3 áreas principais que são formadas:

1 - Área iluminada
2 - Área de sombra própria
3 - Área de sombra projetada

Até ai parece simples, mas para obtermos um resultado mais realista precisamos ir um pouco mais além e subdividir essas áreas. E aí que mora o segredo. Vejam:

Área Iluminada
1a - Realce (Highlight) - Essa é a área de máximo brilho. Dependendo do material que o objeto for feito esse realce vai se comportar de uma maneira um pouco diferente, sendo mais ou menos marcado. Quando temos várias fontes de luz e dependendo da forma do objeto podemos ter várias áreas de realce. Por enquanto vamos ficar com a nossa esfera e a nossa fonte de luz simples.
2a - Meio tom - Essa área está iluminada, mas não brilha tanto como o realce. A medida que se aproxima da área de sombra ela vai gradativamente mudando a tonalidade. (No caso do nosso objeto que é curvo)

Sombra Própria
2a - Núcleo da sombra própria. - É a área mais escura. Ao nos afastarmos dela vamos fazer um degradê para as outras áreas.
2b - Sombra própria - Área sombreada.
2c - Luz refletida - Como assim luz?! Pois é. As superfícies refletem luz - chãos, paredes, tetos, etc. Depende de vários fatores: Cor, material, etc. No nosso caso vamos considerar que a esfera está sobre uma superfície branca. Assim teremos uma reflexão nesta área. (O que na prática significa uma área de sombra menos intensa - Não vai deixar de ser uma área de sombra - Atenção!!!)

Sombra projetada
3a - Sombra de contato - Nessa área geralmente teremos uma sombra mais escura. O que vai inclusive criar um contraste interessante com a área de luz refletida que falamos anteriormente
3b - Sombra projetada primitiva - Área de sombreamento médio.
3c- Sombra projetada derivada - Dependendo do tipo de fonte de luz teremos essa borda bem marcada ou mais suave. Em geral, com luzes mais intensas teremos essa borda com transição mais brusca. Com fontes de luz difusas teremos uma suavização dessa área com um esfumado.

Agora que já conhecemos as áreas principais podemos trabalhar o sombreamento. A seguir o passo-a-passo que fiz, com alguns comentários:

Comecei dando uma matizada no papel, sombreando tudo bem de levinho para começar a ter uma percepção do sombreado.



O próximo passo foi começar a definir as áreas de sombra. Nesse momento não estou tão preocupado em diferenciar as áreas 2a/2b e 3a/3b:


A seguir comecei a definir as áreas mais escuras do desenho,  ou seja: O núcleo da sombra própria e a sombra projetada de contato.


A partir dessa base fui trabalhando as outras áreas e fazendo a transição em degradê entre os diversos setores.


Utilizando o esfuminho continuei a definir o sombreamento das diferentes áreas, tentando sempre manter a lógica tonal que expliquei.



Por fim utilizei a borracha para destacar o realce e o esfuminho para suavizar a borda da sombra projetada. E ai está o resultado:



Percebam que é possível perceber aquelas 8 áreas tonais que expliquei, o que valoriza bastante o desenho.
É isso! Convido vocês a fazerem esse exercício. Primeiro com uma forma básica como essa, depois com um objeto simples. Podem me enviar também para eu dar uma olhada. Adoraria ver os desenhos de vocês.

E se gostaram não deixem de curtir a fanpage do blog no Facebook.
Abraços e até a próxima.






quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Desenho 3D

Tem desenhos que parecem querer sair do papel.
Alguns conseguem... rsrsr



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mr Levine

Desenhar retratos é sempre um grande prazer. Se for com trilha sonora então... :)



terça-feira, 25 de agosto de 2015

Harley Quinn

Desenho muito gostoso de fazer. Sem mais comentários... Fiquem com ela... :).

domingo, 22 de junho de 2014

Desenho em Camisetas

Depois de um longo tempo sem postagens resolvi retomar o blog trazendo uma dica bem interessante.
Resolvi experimentar uma técnica de desenho em camisetas, utilizando canetinhas próprias para tecido.
Segue abaixo o Making of, seguido do resultado. Espero que gostem:

1) Em primeiro lugar escolhi o tema do desenho. O escudo da Escola de Hogwarts da série Harry Potter. Peguei algumas referências na internet. Gostei em especial de uma versão em preto e branco só no traço. (Por sinal, o mesmo desenho que encontra-se nas primeiras páginas do livro 1 da série). Medi na camiseta o tamanho que ficaria proporcional e redesenhei o símbolo em uma folha de papel A3.



2- O próximo passo foi preparar a camiseta. Para isso precisamos de uma folha de papelão ou compensado para ser colocado dentro da camiseta. A função é, ao mesmo tempo, criar uma base sólida para o trabalho e impedir a tinta de vazar para as costas da camiseta. Passei uma camada de cola permanente no papelão e deixei secar por uns 15 minutos. 


3- Em seguida montei a base para a pintura. O papelão com cola por dentro da camiseta, sobre a camiseta uma folha de carbono para tecido e por fim o desenho.

4- Cobri então o desenho transferindo o risco para a camiseta.


5- Por fim foi só diversão. Utilizando a canetinha para tecido finalizei o desenho. O resultado vocês vêem abaixo:



Adorei a experiência. Agora é só esperar 72 horas para lavar e estrear o novo look :)

Até a próxima.




domingo, 22 de julho de 2012

Personagem 3D em um dia


Olá amigos

Hoje vou postar um making of de um estudo que fiz sobre modelagem e animação de personagens.
Eu já havia feito um post com o mesmo assunto, então quis fazer algo diferente dessa vez.
Como vocês sabem o processo de construção de um modelo 3D é bem trabalhoso. Se vocês conferiram meu outro post sobre making of de um personagem 3d, devem ter percebido isso. A construção daquele personagem (Bruxinha) tomou vários dias de trabalho. (Se não viram é só buscar na seção Making of ao lado)

Bem. A minha idéia dessa vez era tentar criar um personagem 3d – do zero a uma animação básica - em um dia e postar o resultado aqui. Acabou se tornando um desafio de como conseguir fazer as escolhas corretas para conseguir cumprir o deadline que criei para este estudo e ao mesmo tempo conseguir um resultado razoável.

Acho que o desafio foi cumprido: iniciei o trabalho às 8:30 da manhã desse domingo e estou finalizando o post próximo de 3:00 da madrugada. (Vida de artista 3d não é fácil :)
O resultado ficou longe da perfeição, mas como estudo valeu muito.

Segue abaixo a descrição do processo:

Em primeiro lugar precisava decidir que tipo de personagem eu faria. Com um prazo tão pequeno não dava para ser nada muito complicado. Imaginei então fazer um Alien simplificado.  Fui à internet buscar algumas referências para me inspirar e tomei algumas decisões:

O personagem seria um sujeito meio desajeitado, engraçado, baixinho, com pele meio rugosa. Ele é tímido mas bastante curioso. Decidi que o faria com os 4 dedos em bloco mais o dedão, para simplificar a modelagem e a animação.
Comecei então a rabiscar formas básicas para decidir que caminho seguir. Resolvi fazer todos os croquis com uma esferográfica preta mesmo, sem borracha, para não me sentir tentado a ficar definindo muito e assim perder tempo.


Achei interessante um croquis que fiz de um corpo em forma de pera e resolvi seguir nessa linha, tentando estudar variações de formas e proporções.




Fiz também estudos pequeninos de movimento (em torno de 1 cm) para ver como se comportava a silueta do personagem.



Com as proporções definidas fiz um croquis do personagem em visão frontal e lateral.



Como não havia tempo para fazer uma arte final, resolvi utilizar esse croquis mesmo como Model Sheet no programa 3d. Escolhi o Blender para essa tarefa.




Iniciei então a modelagem 3d. Os resultados podem ser vistos abaixo.







A seguir veio o trabalho de texturização. Para isso é preciso abrir a malha para pintar. A figura abaixo mostra em linhas vermelhas onde resolvi fazer os cortes.




Que depois de abertos ficaram assim:



Esse é um teste que se faz para ver se a textura vai causar deformações: Utilizando um quadriculado.


Segue a pintura da malha:


E a textura definitiva a ser utilizada. 



O próximo passo foi criar o esqueleto do personagem com os controles de animação:



 A estranha imagem a seguir é o ajuste das deformações da malha e estudos de movimentação.




Por fim temos um personagem pronto e animável.

Como o tempo que sobrou foi muito curto (já quase meia noite)  não deu pra animar nada muito legal.  
Mas depois dessa longa jornada nosso colega desajeitado quer se despedir de vocês.



E eu também.
Abraços e até a próxima!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sensu Brush


Essa é para os artistas entusiastas das tecnologias mobile.


Sensu Brush é um pincel desenvolvido para ser utilizado em tablets, Iphones e outros dispositivos portáteis. A idéia é reproduzir nestes dispositivos a sensação de pintar em mídias tradicionais. 

O fabricante assegura a compatibilidade com gadgets como Ipad e Iphone (todas as versões), Kindle Fire,  Samsung Galaxy, HTC Desire S, Google nexus S e Motorola Atrix.

O pincel Sensu possui ainda uma borracha que pode ser utilizada como instrumento de navegação ou para fazer anotações e desenhos.

Pode-se utilizar o pincel com qualquer software, mas são recomendados os seguintes apps de pintura digital: Artrage, Procreate, Sketchtime, Paper by 53, Sketchbook e Brushes.


No site original você pode ver vídeos, galerias e mais informações.
www.sensubrush.com

Abraços.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Nariz


Olá
Retomando os posts sobre desenho das partes do rosto, hoje vamos falar um pouco sobre o desenho do nariz.
Se você não acompanhou os posts sobre o desenho da Boca, Orelhas e Olhos, basta buscá-los na seção Curso básico de desenho ao lado

Vamos lá então.
A primeira coisa que eu gostaria de enfatizar é que o nosso crânio não tem nariz!!! Observe os croquis a seguir  que mostram um crânio de frente e de perfil:


No lugar no nariz temos apenas um buraco. Ou seja, o nariz não é formado de ossos. Com relação à anatomia óssea, quando formos desenhar um nariz devemos apenas nos preocupar com os ossos nasais, que ficam diretamente sobre esta cavidade, e que formam na sua união a “ponte do nariz”.


Esta ponte será em geral visível nos seus desenhos, como uma ligeira protuberância. Verifique no seu próprio nariz agora mesmo o volume dessa ponte tocando-a com seus dedos.
Quando for desenhar um personagem realista não esqueça de indicar levemente esse volume, principalmente se ele tiver um rosto magro.

Bem... Se o nariz não é formado de ossos, de que então? Lembrando das aulas de biologia: Cartilagem!
Essa cartilagem forma um volume um tanto complexo, dos quais convém destacar o volume da ponta do nariz e o volume adjacente das narinas. Esses três volumes se juntam para compor a forma principal do nariz. As fossas nasais aparecerão na parte inferior das narinas, lembrando a forma de gotas.
Quando for desenhar um nariz procure observar e representar os diferentes planos e volumes que o compõem.


Observe a construção esquemática abaixo, ela ajuda a ter uma idéia da forma geral do nariz visto de frente.
Observe que lembra uma composição de triângulos.


A melhor dica que tenho a dar para vocês é observar e copiar do natural, de fotos e de outros desenhos em diversas posições, sempre tendo em mente que estão desenhando um objeto em 3 dimensões.
A partir daí, após ter se familiarizado com a forma, tente desenhar de memória, criando desenhos em diversas posições. 







Como tudo em desenho, somente a prática leva à perfeição.
Abraços e até a próxima.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Tradigital - Autodesk Impression




Seguindo a séries de posts sobre tradigital, trago hoje um pouco sobre um software da Autodesk chamado Impression.
O  Autodesk Impression é um software que permite que se utilize como base um desenho feito no AutoCAD e, a partir daí, criar uma apresentação com acabamento que simule lápis de cor, creions, aquarela, etc.


O software reconhece automaticamente as camadas criadas no AutoCAD  e permite, já desde a importação a aplicação de um estilo de finalização escolhido.
Os estilos são customizáveis permitindo ao utilizador a personalização de um estilo próprio de finalização.




Conta-se também com blocos prontos de carros, pessoas, vegetação, etc, que podem ser facilmente utilizados para enriquecer a ilustração.



O programa é fácil de utilizar e possui material de estudo no próprio software (Quick Start Guide), além de tutoriais disponíveis no site da Autodesk.
Quem quiser conhecer vale a pena visitar a comunidade do impression no Site da Autodesk
Abraços